segunda-feira, 7 de maio de 2007

Nicolas Sarkozy

O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, do partido do governo, diz que representa a mudança e ninguém pode acusá-lo de estar bêbado, porque é completamente abstêmio, não bebe nem vinho em brinde para selar conchavo político.

O consolo é que, se houver decepção, será da direita que impulsionou sua vitória. A esquerda pode ficar firme na oposição, iludida com a certeza de que Ségolène iria cumprir todas as promessas.

As urnas falaram, manipuladinhas da silva. Como de costume.

sábado, 5 de maio de 2007

Foice e martelo voltam a ser símbolos russos

Do jornal "O Globo": "A câmara superior do parlamento da Rússia aprovou ontem em votação a volta da foice e o martelo, simbolos da antiga URSS, para a bandeira oficial do exército russo. O comitê parlamentar de nacionalismo disse em nota que 'a bandeira da vitória é um dos poucos símbolos que continuam a unir todos os russos, e sua mudança prejudicou as fundações da Rússia moderna'. O hino nacional da antiga URSS é cada vez mais cantado por populares e até nas repartições públicas(...)"

Vejam que notícia alvissareira.

E lembro que há pouco foi veiculada notícia em que, em pesquisa, o povo russo diz preferir o socialismo .


Nao é de se estranhar essa opção do povo russo, apesar da falta de bens de consumo duráveis na antiga URSS, os russos tinham uma boa qualidade de vida ao menos melhor da qual desfrutam hoje.
Esse fator se potenciliza uma vez que a transição socialismo-capitalismo foi de forma bastante selvagem, elevando a concentração de renda para níveis ,que na história russa, se assemelham ao do período pré-revolucionário de 1917.
A sociedade agira se defronta frente a ambiguidade que a transição capitalista os proporcionou.
Parece que o mundo volta a uma fase bastante polarizada, é de inteira responsabilidade nossa para que possamos impedir uma corrida imperialista entre blocos antagonicos, o mundo já está ambientalmente agonizante e não suportaria indices de crescimentos desparados.
É um fato positivo, as sociedades ao redor do globo procurarem saídas paralelas ao neoliberalismo, o perigo é que esses países começem a organizar movimentos que gerem ódio e alienação na população civil.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Fascismo eterno?

Em texto publicado no “New York Review of Books” em junho de 1995, o filósofo italiano Umberto Eco elencava as 14 características fundamentais de todos os regimes fascistas da história.

“Estas características não podem ser organizadas num sistema; muitas delas contradizem umas às outras, e também podem ser exemplos de outros tipos de despotismo ou fanatismo. Mas é a presença de um deles é suficiente para que o fascismo se forme em torno dele”, dizia Eco.

As características são:

1 - Culto à tradição
2 - Rejeição à modernidade
3 - Culto da ação pela ação (descrédito da atividade intelectual)
4 - Ataque ao espírito crítico
5 - Medo da diferença, racismo e ataque à diversidade
6 - O fascismo eterno deriva de frustrações individuais ou sociais
7 - Entre pessoas sem identidade social, o fascismo ressalta o privilégio comum de nascimento num mesmo país
8 - Os seguidores devem se sentir humilhados pela ostentação, riqueza e força dos seus inimigos
9 - Não há luta pela vida, mas a vida é vivida pela luta
10 - Desprezo pelos mais fracos
11 - Todos são educados para se tornarem heróis
12 - Levado pelo heroísmo e pela guerra, o fascismo universal reforça o sentimento machista
13 - Populismo seletivo, dando a impressão de que o povo tem voz, enquanto é governado com mão de ferro
14 - “Novilíngua”: empobrecimento do vocabulário e da sintaxe para limitar o pensamento