quarta-feira, 11 de julho de 2007

Academia de contra-insurgência dos EUA - Dando aos oficiais uma nova mentalidade



Academia de contra-insurgência dos EUA - Dando aos oficiais uma nova mentalidade 04/07/07
texto de Thomas E. Ricks.TAJI, Iraque – Se o esforço norte-americano no Iraque em última análise for bem-sucedido, uma razão poderá ser a pequena escola que iniciou recentemente em uma base militar daqui pelo General George W. Casey Jr., comandante dos EUA no Iraque.
Chamada de Academia COIN – utilizando a abreviatura militar de "contra-insurgência" – a mais nova instituição educacional do estabelecimento militar americano busca, de acordo com uma síntese do curso, “enfatizar a necessidade de as forças dos EUA mudarem de um jeito convencional de pensar a guerra para um que compreenda como vencer em um conflito ao estilo de guerrilha”. Ou, como diz de forma menos polida uma placa na parede do escritório do administrador: "Insanidade é fazer a mesma coisa do mesmo jeito e esperar um resultado diferente."O objetivo da escola ao norte da Bagdá é tentar provocar um resultado diferente daquele alcançado pelos militares norte-americanos em 2003-04, quando os comandantes do Exército cometeram erros típicos de militares convencionais ao enfrentarem uma insurreição. "Quando a insurgência iniciou, nós fomos muito convencionais", disse o Coronel Chris Short, nascido no Distrito de Columbia e morador recente de Manassas (Virginia), que comanda a nova escola. Na época, as forças americanas arrebanharam dezenas de milhares de iraquianos, misturando gente inocente detida com extremistas islâmicos radicais. Os comandantes permitiam que as tropas atirassem em qualquer coisa levemente ameaçadora. E eles falharam em dar às suas tropas as ferramentas conceituais e culturais básicas necessárias para operar no complexo ambiente do Iraque, desde como lidar com um sheik até compreender porque matar insurgentes costuma ser o resultado menos desejado. (É mais eficiente, conforme agora são ensinados, persuadi-los a desertar ou juntar-se ao processo político.)No ano passado, um estudo interno feito por especialistas militares sobre comandantes dos EUA no Iraque descobriu que alguns assimilavam os princípios da contra-insurgência e os aplicavam bem, enquanto outros vacilavam. "Se o comandante entendia, a unidade entendia, mas se o comandante compreendia pela metade, então a unidade compreendia pela metade," Casey disse em recente entrevista. A nova escola foi criada para assegurar que todos os comandantes entendam.Até mesmo agora, alguns comandantes de unidades convencionais refugam a idéia de deixar suas tropas para participar de um curso de cinco dias, que cobre assuntos desde teoria de contra-insurgência e interrogatórios em operações de detenção até como jantar com um sheik. Quando soube que precisava deixar seu batalhão naval em Fallujah para vir para cá, lembra o Tenente-coronel Patrick Looney, sua reação foi de incredulidade."Eu não queria vir", também admitiu o Tenente-coronel David Furness, comandante do 1º Batalhão do 1º Regimento Naval, agora em operação entre Bagdá e Fallujah. "Mas estou satisfeito por ter vindo."Casey, o construtor da escola, descobriu um jeito fácil de fazê-los vir: tornou a freqüência obrigatória para qualquer oficial que detenha um comando de combate no Iraque. Ele também se encontra com cada turma, oferecendo aos capitães e tenentes-coronéis a rara chance de sabatinar um general quatro estrelas.Alguns membros do corpo de professores, que exige muito dos oficiais das Forças Especiais, não estavam dispostos a ensinar para oficiais americanos da infantaria, artilharia, aviação e forças blindadas. Short recordou que alguns disseram: "Esta não é nossa missão. Nós não ensinamos para as Forças Armadas dos EUA." Essas resistências foram eliminadas, ele disse com um risinho.Reiteradamente, o intenso curso de imersão do qual participam de 30 a 50 oficiais de cada vez, enfatiza que a resposta correta, com toda a probabilidade, é a contra-intuitiva, em lugar de algo que o Exército tem ensinado aos oficiais em seus 10 ou 20 anos em serviço. O livro da escola, uma enorme encadernação, oferece o exemplo de uma missão que invade uma casa e captura alguém que bombardeou uma base americana."Na superfície, um ataque que captura um insurgente conhecido, ou terrorista, pode parecer uma vitória certa para a coalizão", destaca em letras vermelhas. E continua, "Os possíveis efeitos de segunda e terceira ordem, porém, podem transformá-la em uma derrota a longo prazo se nossas ações humilharem a família, destruírem a propriedade sem necessidade ou afastarem a população local de nossos objetivos."Em alguns aspectos, os líderes da escola parecem se dar ao trabalho de desafiar as atuais práticas militares americanas por aqui. Short disse, em entrevista na sexta-feira, em seu quartel-general protegido por sacos de areia, que tem discordâncias com "esta mentalidade de grande base", a qual mantém dezenas de milhares de tropas dentro das instalações chamadas de bases avançadas de operações (forwarding operating bases), ou FOBs, das quais se afastam para patrulhar e atacar. A teoria clássica da contra-insurgência sustenta que as tropas deveriam viver entre a população o tanto quanto possível, para desenvolver a noção de como a sociedade funciona, e para colher informações secretas.Enquanto helicópteros de ataque Apache sobrevoavam, Short também ofereceu uma visão anti-convencional das eleições iraquianas de dezembro, que muitos oficiais americanos descreveram como uma grande vitória. "Você pode perguntar a qualquer iraquiano, 'E as eleições, como foram?' ", disse. "Eles responderão" -- Short balançou os ombros -- " 'Bem, nós votamos cinco vezes e nada acontece por aqui.' "Participantes que recém deixaram a escola saíram impressionados. "Eu acho que é um curso incrivelmente inspirador," afirmou o Major do Exército Sheldon Horsfall, conselheiro dos militares iraquianos em Bagdá. "Uma das coisas que foi trazida para nós, repetidamente, foi a importância da percepção cultural.""O curso abriu meus olhos para um contexto mais amplo," disse o Tenente-coronel Nathan Nastase, oficial de operações do 5º Regimento Naval, instalado perto de Fallujah. Ele afirmou que gostou especialmente de ouvir sobre o papel das Forças de Operações Especiais no Iraque, assim como de aprender sobre as táticas usadas por comandantes bem-sucedidos.O maior efeito da escola parece ser sobre os oficiais jovens. "Minha impressão inicial foi de que era perda de tempo", disse o Capitão Klaudius Robinson, comandante de tropas móveis (NT: veículos blindados e helicópteros) da 4ª Divisão de Infantaria. "Mas depois de passar por ela, realmente mudou meu pensamento sobre como lutar contra a insurreição. Percebi que o centro de gravidade é o povo, e você precisa estabelecer uma separação entre os insurgentes e o povo."Antes do curso, disse, ele esperava passar seu tempo aqui combatendo insurgentes, mas, em vez disso, está focado em treinar e operar com tropas iraquianas. "Nós nunca iremos pegar todos os bandidos," ele fala para suas tropas. "Isto não é um bilhete de volta para casa. Mas o que eu posso fazer é ajudar as forças de segurança do Iraque e fazê-las assumir a liderança.""Uma das coisas que aprendi na Academia COIN é que nós não precisamos ser duros com as pessoas o tempo todo," disse o Capitão Bret Lindberg, comandante de outra tropa móvel da 4ª Infantaria.
A maior crítica feita pelos alunos é que seria melhor ter essa formação seis meses antes, quando eles ainda estavam treinando suas tropas para distribuição no Iraque, e não depois que as unidades tivessem chegado. Short deu uma resposta ácida: “Não é uma má idéia, mas o Exército nos EUA não estava tomando a iniciativa. Eles não fizeram isso por três anos" – a duração da guerra até o momento, observou. "É por isso que o chefe disse: 'Dane-se, aqui eu estou fazendo isso.'”"De qualquer forma, a escola não é apenas sobre operações no Iraque”, afirmou Short, “mas sobre a preparação de oficiais para o resto de suas carreiras. E eu acho que estaremos em mais algumas dessas guerras".

Império Russo

Ah, algum panaca lançou a mentira que a história havia acabado em 1989 com a queda do muro da discordia.
O problema maior não foi esse, mas o de que alguns bilhoes de pessoas concordaram com
esse aspirante a Nostra Damus.
Há algum tempo atras ja havia postado uma notícia em que relatava a volta da foice e do martelo como símbolos da Rússia moderna capitalista.
Recentemente o serviço secreto russo, tirou toda a Estônia da rede mundial, colocando o sistema finceiro do país em parafuso, devido a retirada de um monumento em homenagem ao exercito soviético naquele país.
Talvez o leitor se pergunte: O que tem haver uma coisa com a outra?
A resposta é simples, tudo.
A Russía apesar de abandonar o socialismo, ainda nutri a esperança de se consolidar como potencia mundial, alguns a chamam de a quinta potencia mundial, dentro de um cenario de 50 anos.
E como toda potencia ou futura potencia, ela tem interesses a defender e a Estônia é um deles.
A Rússia nao permite e nao permitirá que sejam instalados escudos anti-misseis ou qualquer parafernália que seja (inclusive ideologica) em suas antigas colonias.
A mãe eslava sofre do mesmo disturbio que as maes reais enfrentam quando veem seus filhos crescidos, o famoso complexo do ninho vazio.
Apesar de financeiramente quebrada a Rússia ainda possui um arcenal nuclear capaz de destruir varias vezes o mundo e isso ja basta para que as demais potencias aceitem a Rússia democratica com um presidente que outrora havia sido agente da KGB.
Pouca importa a Rússia o resto do mundo, desde que nao se metem com os seus filhos eslavos e elea que andem na linha.