segunda-feira, 28 de setembro de 2009

BLABLABLÁ, BOMBA, PREFERÊNCIA SEXUAL E AS MARGENS PLÁCIDAS

BLABLABLÁ, BOMBA, PREFERÊNCIA SEXUAL E AS MARGENS PLÁCIDAS

Foi uma semana de muitos discursos, afinal, a Assembleia Geral da ONU é mesmo para blablablá. Lula reivindicando o status de poder decisório para o G 20 – ainda que a maioria não tenha bomba atômica - , Obama , no mesmo ritmo, pedindo ajuda para conter os que não comungam com a cartilha do império. Não citou o Irã, mas a carapuça serve na cabeça de Mahmoud Ahmadinejad. No Conselho de Segurança, Obama reafirmou a tese do Clube da Bomba de que ninguém mais pode ter um arsenal nuclear. Quem tem, tem. Quem não tem, tivesse. O vice José Alencar não está de acordo e falou firme que o Brasil precisa ter sim a bomba atômica, entre outras coisas para impor respeito na defesa do pré sal. Semana, de fato, divertidíssima. Teve,também, o zunzum do Ayala se exilando na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, os golpistas acusando o governo brasileiro de ter ajudado a volta do presidente deposto. E Lula, curto e grosso na resposta: Vocês vão acreditar num golpista ou em mim?

No Brasil, o nível político está cada vez mais elevado. O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, não contente de chamar o ministro Minc de veado e fumador de maconha ameaçou estuprá-lo em praça pública se voltasse ao Estado. Ora, seu governador, a homossexualidade - um direito de qualquer indivíduo – é uma relação entre pessoas do mesmo sexo. Quer dizer, na linguagem que o senhor entende, quem come também é. Não foi sem razão que o ministro o classificou de homossexual enrustido.

E se tudo isso não bastasse, a semana começou com a lei obrigando a execução do hino nacional nas escolas uma vez por semana. Não seria melhor arrumar um hino menos militarista, glorificando o filho do rei que se apoderou da coroa antes que algum aventureiro o fizesse?