sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sobre o primeiro beijo gay da Teledramartugia brasileira ao facismo democrático do Bolsonaro


Creio que a equiparação de direitos aos gays é algo fundamental para a construção de uma sociedade justa. Não acho que o fato de a mídia começar a transmitir a união afetiva gay como algo normal leve ao mesmo pólo que antigamente creditava à união heterossexual como realidade absoluta de todos os cidadãos.
O pensamento de acreditar que no Brasil está se construindo uma ditadura gay tem um forte ranço do nosso passado racista de nao acreditar que seja moralmente aceitável o fato de andar na rua e não encontrar somente casais heteros. Qual a diferença que faz para mim, você, ou qualquer outro hetero o fato de um casal gay poder manifestar seu amor publicamente? A manifestação gay coíbe, inibe ou coloca em duvida sua posição hetera? Caso essa afirmação seja positiva devemos nos repensar tanto quanto a natureza de nossa sexualidade como também o modo sobre o qual a afirmamos.
Freud tem um frase ótima que se encaixa perfeitamente a essa questão: "Desconfie das antipatias violentas, elas podem revelar afinidades secretas." A afirmação de que se tem o direito, simplesmente por ele se constituir como um mesmo sendo de natureza estúpida e infundado, de ir contra uma possível Ditadura Gay nos leva ao questionamento: Porque é válido não ser a favor da equiparação aos direitos gays uma vez que sou eu como sujeito livre e racional que defino se tenho vontade de copular com o mesmo gênero ou com o oposto? Ou seriam os gays fornicadores insaciáveis e que a aceitação de sua imperfeição moral pela sociedade levaria a sociedade a retornar aos bacanais da antiguidade clássica e deturpar o sexo sagrado da família constituída pelo papai e pela mamãe?

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