terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A invenção de um país assaltado


Ganhamos de natal um dos maiores testemunhos da pirataria que é nosso governo dito democrático, e o que se diz? O que se ouve? O que se pensa? 

O silêncio da grande mídia impera, e é a maior eloqüência de que o que vemos na tv, escutamos na rádio, lemos nos jornais e revistas não é o retrato do interesse comum, mas do interesse de grandes organizações. Deitam-se grandes interesses por trás do berrante silêncio dos meios de informação. A grande mídia se revestiu de defensora perpétua da liberdade e imparcialidade da informação, mas existe maior censura do que a de se fantasiar um mundo que não é o que se pensa, que se vive, que se transforma? É muito fácil defender a teoria e o governo do estado mínimo quando se pode ajoelhar no altar mercantil a vontade. O brasileiro foi condicionado pela história de mandos e desmandos dos poderosos a não procura direitos, mas privilégio, ter o ego acariciado, o último produto do mercado na prateleira, mesmo que roubado, acordar com uma empregada não salariada em casa. O nosso governo não é melhor, nem ao menos pior do que os passados, somos enganados pelo discurso de modernidade,mas que no fundo preserva as raízes do famoso "jeitinho". Em terra de espertos a rapina é a lei. É a sociedade erguida em palafitas sobre uma enorme lata de lixo moral.


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