Será que a onda verde conseguirá
matar o inimigo que ela pouco fala? Como retirar milhões da miséria e
ignorância mudando nossa matriz econômica sem comprometer a expansão da classe
de consumo? Nossa sociedade é baseada no desperdício, vivemos sobre nosso próprio
lixo. Talvez o comunista do seculo XXI será o eco troxa que não vê que para
acabar com a exploração excessiva da natureza devemos primeiro mudar a matriz
da sociedade. Ao meu ver, enquanto houver sociedade de consumo não se podera
falar em crescimento sem dano ao meio ambiente. O mundo que vivemos nao é o
mundo natural, mas você conhece alguém que vai deixar o conforto mental e
fisico do consumismo para pensar, sem nenhum benefício imediato, na natureza e
no meio ambiente? O movimento verde ainda engatinha e não compreendeu que o
homem é egoísta e não divide e poupa um bem público se não for ensinado e
incentivado a isso. O meio ambiente precisa de uma legislação dura que puna
exemplarmente o agressor, devemos mudar a idéia que os leitos de rio, a atmosfera
e o solo por serem bens universais não são inesgotáveis. Já pensou se caso a
atmosfera fosse particular a fiscalização seria muito mais efetiva? Mas não é
megalomaníaco demais pensar que alguém consiga administrar e ter a propriedade
do ar? Talvez não, se criássemos instituições efetivas que gerenciasse bens
privados de uso universal. O mundo inteiro usa o facebook, o usamos como um
meio público, mas há quem aufere lucro sobre nossa atividade. Até para ligar o
reator de uma fábrica deveriamos pagar a taxa de poluição que causamos, apesar
do bem ser universal eu nao posso comprometer o uso do outro. Qualquer bem
industrializado que é vendido no mercado possui direitos autorais em benefício
de quem foi responsável pela idealização e produção, deveria ser criado,
baseado nesse princípio, o direito pela utilização e degradação de um recurso
universal que não é voltado para o consumo de subsistência ou que tire o
recurso natural do ciclo da natureza. Não quero com isso taxar pessoas que
vivem e retiram seus recursos somente para a subsistência e que, portanto não
auferem lucro e nem conseguem uma degradação de grande escala, mas taxar
grandes corporações industriais para que o dano causado possa ser revertido, em
alguma escala, para a renovação ou preservação do bem.
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