segunda-feira, 30 de abril de 2007

MELHOR DE MIM PARA O MELHOR DOS MUNDOS

Antes de educar é preciso conscientizar. Com a queda do muro de Berlim em 1989 a população mundial ficou extasiada, pensamos que havíamos chegado ao final da história humana. Não havia mais o que temer, o inimigo já tava sinais de fraqueza desde o início da década de 80 e veio a sucumbir em seu próprio território logo no final da década, abrindo um mercado consumidor de mais de 1 bilhão de pessoas.


A máquina mercante mais uma vez se deparava com a possibilidade de crescimento e desta vez ela iria até os confins do mundo, não poderia esquecer de nenhuma área pois este erro outrora poderia ter custado sua própria existência como ate então a entendemos. Mas o “temer” se fora, não tínhamos nada mais o que “temer”, os ventos da mudança sopravam em nosso favor e foi com essa mesma segurança de que havíamos acabado com o inimigo que vivemos na América Latina a pior crise financeira e a década da segurança se mostrou posteriormente a década perdida. Nunca nossa dívida externa e nossas mazelas cresceram tanto sem falar no fiasco da nossa economia.


A América Latina poderia estar se tornando algo perigoso para o mercado externo, não pelo fato de nossa ruína ser cada dia mais evidente - havia disponibilidade de novos mercados consumidores e produtores primários¬¬- e sim pelo fato de que o quadro social era a reprodução do quadro vivido no final do socialismo, nossa crise levava cada dia mais e mais cidadãos de classe média para o bolsão da miséria e o descontentamento com a ordem política e econômica era cada dia mais evidente, a volta da democracia não foi capaz de reanimar a população.


Um novo muro era construído mas desta vez ele não era físico mas sim econômico e com ele veio a nova ordem mundial, destacando mais uma vez os mesmos países do norte como economias centrais e o resto como economias periféricas, os países pobres com presença grande de mais para serem desprezados pelos olhos dos ricos foram denominados países em crescimento.


Com isso era preciso integrar o mundo, estabelecendo uma ligação psicológica entre as pessoas, os velhos muros deveriam cair para que os novos pudessem ser erguidos. As aranhas do consumismo viram-se obrigadas a tecerem uma nova forma de comercialização capaz de ultrapassar as fronteiras físicas do estado e atingir a mente de cada cidadão do mundo, de forma que os altares do capitalismos moderno estivessem disponíveis para cada cidadão que ali quisesse se ajoelhar.


Os confrontos políticos entre países não devem mais existir, não somos mais uma raça com várias etnias, nossos generais já recriaram o céu e o inferno assim como nos os imaginamos aqui na Terra, bastando somente uma pequena parcela de Deus, para ascendermos -como Cristo já o vez, coloquei esse personagem da história para conduzir o leitor ao objetivo da dissertação- para o Paraíso.


Somos portando cada um de nos um sarcedote do divino, onde o nosso fervor e temência ao deus faz com que passemos a vida na eterna tarefa de o coletar por meio da troca e guardar suas sobras nos templos onde os sarcedote-mor possa aplicar o deus de uma forma que ele possa se multiplicar e ser durável e rentável.


Enquanto a nossa avançada engenharia genética não é capaz de fornecer os nossos próprios demônios terrestres os países ricos se esforçam cada dia mais para conseguirem preencher esse espaço, assolando as terras que não querem dividir o deus mundano e apenas esquecendo aquelas que não possui o deus em si para compartilhar. A respeito dos anjos, eles podem ser vistos em cada altar capitalista ornamentando suas vitrines sendo que com uma certa quantidade de fé ele se torna disponível a nos, sendo alguns capazes de nos levar até o paraíso.

A ESPADA DE DOIS GUMES

Com a nova era capitalista conhecida como globalização os centros econômicos passam a ter uma mesma frente de comando sendo portanto obrigados a criarem laços de informações que transmitam as operações de um para o outro em nível global e instantâneo. Os espaços geográficos passam a necessitar cada vez mais um dos outros, a produção e o consumo local não são mais primordialmente dependentes um do outro, a partir daí pode se afirmar que os esteios primários do determinismo são rompidos. O trabalho passa a ser qualificado em nível mundial, havendo portando uma homogeneização da classe operária.


Esse fator propicia a criação de laços entre as mesmas classes operárias de diferentes sociedades ao redor do mundo, temos, portanto a base de um sindicato que advoga em nome não mais de classe social, mas sim do ofício que a mesma representa. Tendo está organização respaldo de ordem mundial por atuar nos mais diversos espaços e centros econômicos, ela passa a ter poder não só sobre o ofício mas também sobre a produção.
Uma vez a produção nas mãos dos sindicatos a burguesia passa a perder poder e ter que dividi-lo com a classe operária, há portanto uma socialização do capital.


Embora seja uma sociedade um tanto quanto utópica para a atualidade suas bases já são reais, sendo ironicamente criada primordialmente pelo Pentágono, para garantir que mesmo destruindo um centro bélico americano as suas informações não fossem perdidas e garantissem a hegemonia americana no durante e no pós segunda guerra mundial. Na década de 1980 essa tecnologia foi apresentada para a população com a chegada dos primeiros computadores domésticos e apelidada de internet.A internet passa a ser um centro de informação autônoma e anárquica, alimentando o sonho democrático de liberdade de opinião.


Não há um sistema que possa controlar um rede com uma quantidade de páginas que beira a população mundial, sendo que o número de usuários não ultrapassa um quarto da população. Com perspectivas gritantes de crescimento em todo mundo, tanto em partes ricas quanto nas partes orientais e asiáticas do globo.


A internet não pode ser mais restrita, a magnitude da troca comercial via internet logo será esmagada pelo compartilhamento de informações de cunho intelectual, informativo e informal. O civil ao redor do mundo passa a ser um militante anônimo.


Para barrar esse gigante é preciso primeiramente de um grande retrocesso de cunho político, administrativo e tecnológico por parte dos estados ricos, algo que a população desses países não iria aceitar. O erro foi cometido nas raias da histeria pelo comando do mundo, é certo que se preciso for, os americanos estarão disposto a sacrificar até mesmo o famigerado presidente, que já possui recorde de desaprovação tanto da comunidade americano quanto a da internacional.


Como a queda de Constantinopla a queda do WCT delimita o inicio de uma nova fase da sociedade humana.


Os grandes confrontos físicos acabaram. Passamos agora para o confronto intelectual, é por esse motivo que o estado rico ainda continua a guerrear pois é a primeira vez na história da humanidade que há perspectiva de um embate com armas iguais entre opressor e oprimido.


Não há mais áreas polarizadas como no século passado, a guerra no ocidente não pode mais ser justificada por motivo ideológico, podemos cair em contradição ao combater a América de Hugo Chaves ou até -quem diria?- a América Colombiana. O que há de errado com eles em querer serem mais democrático que o próprio EUA?


Somente a confraternização entre os povos poderá barrar a guerra, a educação é primordial para isso. Devemos usar o gigante chamado mídia para atender não só um grupo de países, mas sim a humanidade.

Um comentário:

  1. o joão foi vc que escreveu isso mesmo?teve uma parada na escola assim num teve(o melhor de mim para o melhor dos mundos)to questinando pq vc fala na voz de um estadunidense!to sem entender...valeu

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