segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A semana do ano?

Dilúvio em Santa Catarina, atentados em Mumbai, na India e, para a crise não ficar de fora, seu aspecto mais cruel: o tsunami de demissões mundo afora. Realmente uma semana que talvez se transforme na maior referência de 2008.

As notícias são de que, até agora, já foram demitidos 170 mil trabalhadores e que só a ArcelorMittal – a maior siderúrgica do mundo – está colocando no olho da rua 9 mil. Nos EUA, com suas fábricas de automóveis superadas, só aptas a produzir os rabos-de-peixe do passado, o vendaval de demissões está apenas começando, mesmo com o festival de bilhões fornecidos pelo governo. Também no Japão, ainda que tenha uma indústria automobilistica moderna, as montadoras estão reduzindo a produção. Na França, a Renault já demitiu 6 mil e a British Telecom, no até então vigoroso ramo das telecomunicações, está colocando na rua 10 mil.

Na China, as fábricas atadas às exportações estão fechando pior que barraca de camelô em dia de batida policial.

E nós perguntamos:

Os trilhões que estão sendo gastos mundo afora para salvar um sistema perverso não seriam melhor aproveitados, por exemplo, na promoção de um novo mundo com jornadas de trabalho reduzidas e melhor distribuição da renda?

Ora, pois, realmente uma pergunta cretina. Não são os que estão por cima que vão dar, serão os que estão por baixo que um dia hão de conquistar.

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