domingo, 4 de janeiro de 2009

A SEMANA EM POUCAS LINHAS

Foi-se a semana que levou com ela 2008, o ano da crise quase geral do capitalismo, porque a geral está sendo esperada desde que Marx escreveu no
Manifesto Comunista que ele, o capitalismo, tinha criado maravilhas maiores do que as pirâmides do Exito e as catedrais góticas, mas que estava fadado a ela, à crise geral. De qualquer maneira, a passagem de ano é apenas um piscar de olho simbólico e a crise continua com o fantasma do desemprego e pouca gente se dá conta que ela, a crise, poderia ser muito bem aproveitada para freiar o consumismo desvairado exaurindo o Planeta.
2008 – vamos lá ao balanço tradicional – foi também o ano do aguaceiro que matou adoidado em Santa Catarina e provocou estragos homéricos em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. O ano em que o Brasil assinou o contrato bilionário com a França para se abarrotar de armas E o daninho mosquito da dengue até perdeu para um concorrente pior, a mosca do poder que andou contaminando milhares de vereadores e prefeitos tomando posse no despertar de 2009. Todos eles no intenso aprendizado de manipular e controlar, alguns já com os olhos voltados para o Planalto, assim como em escala global os olhos estão voltados para a Pennsylvania Avenue onde se espera, dia 20, a posse do novo capataz do império.
O ano passou com muitos fogos de
artifício, o Rio se destacou, mesmo debaixo de chuva, mas Israel roubou a cena com sua tentativa de acabar com o Hamas à bomba. E os inocentes mortos na sanha desvairada do poder? Ah, os inocentes! Como dizia Rumsfeld, são apenas efeitos colaterais.

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